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  Fitoterapia  

 

Segundo a etimologia FITOTERAPIA é:         Therapeia (do Grego) = terapia

                                                                                   Phyton (do Grego) = vegetal

 

Sendo assim, Fitoterapia é o estudo das plantas medicinais bem como a sua aplicação na cura das doenças.

Lembre-se que apesar de todos os benefícios que as plantas medicinais podem oferecer a nossa saúde, é preciso ter muita cautela no seu uso.  Portanto tenha em mente sempre as seguindes observações:

 

* As plantas e ervas medicinais, mesmo sendo natural, podem provocar intoxicações e reações adversas.
* Todas as plantas contem mais de um princípio ativo e alguns deles podem ser contra-indicados para determinadas pessoas ou interagir com princípios ativos de outras plantas e/ou medicamentos. Por isso é recomendável buscar a orientação de um médico/especialista antes de utilizar qualquer fitoterápicos. 
* Ao manusear ervas e plantas medicinais, tome sempre um cuidado especial e as mantenha longe de crianças e animais domésticos.

 

ATENÇÃO: As informações contidas neste site apresentam apenas finalidades informativas e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença e muito menos substituir cuidados médicos.

 

 

Segue abaixo o texto de Silvia Baptista sobre os conhecimentos fitoterápicos de uma matriarca da reagião de Vargem Grande:

 

É TIRO E QUEDA: AS PLANTAS MEDICINAIS E SEU CONHECIMENTO TRADICIONAL

 

Ouvimos muitas vezes de Irene Mesquita, uma das matriarcas da nossa comunidade tradicional, a expressão “é tiro e queda”. Em sua linguagem, Lila, como era conhecida, afirmava que utilizar determinadas plantas medicinais para tratar sintoma desagradável ou entendido como doença, era um alvo certeiro. As plantas funcionam, dizia ela. Esse saber demonstrado tem sido construído ao longo de milênios pelos povos originários.

 

A tradição do uso de cada uma das espécies se fez pela experimentação associada à biodiversidade. Chamamos biodiversidade ao conjunto de elementos que compõe a vida na terra, com todas as plantas, mamíferos, aves, insetos, fungos. É também chamada diversidade biológica. É através da proximidade espacial, afetiva e sensorial da humanidade com essa diversidade que se constituiu um conjunto de saberes sobre o uso de plantas na promoção ou recuperação da saúde. A transmissão desse conhecimento era feito como a Lila fazia. Ela simplesmente contava para filhos, netos, vizinhos e amigos o poder de cada planta e sua aplicação no combate a esse ou aquele sintoma. Sua prática demonstra dois tipos de transmissão. Um é  intergeracional. Ocorre quando uma geração transmite para seus filhos, netos e bisnetos o conhecimento. Também é chamada de transmissão vertical. Outra forma ocorre quando pessoas de uma mesma geração conversam, fazem eventos, trocam receitas e transmitem entre si esse mesmo conhecimento. É chamado de transmissão horizontal ou intrageracional. 

 

O Brasil, durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente  ocorrida aqui no Rio de Janeiro em 1992 assinou um documento chamado Convenção da Biodiversidade, conhecido pela sigla CDB. Nesse documento o país se propôs a defender o conhecimento tradicional associado à biodiversidade. Em sua legislação, instituições e práticas deveriam transparecer uma defesa do conhecimento de nossos antepassados.  Esse conhecimento associado seria algo muito restrito. Apenas uma pessoa ou um grupo social bem restrito e isolado seria detentor desse conhecimento tradicional. 

 

Além disso, principalmente no campo da Agroecologia, há uma valorização do conhecimento tradicional disseminado. Esse é o saber associado às plantas e florestas que se espalhou pela sociedade. Todos conhecem a erva cidreira, o boldo, o guaco. É um conhecimento tradicional disseminado. Embora esse conhecimento não seja protegido pelas mesmas leis, ele é muito importante para a nossa cultura. Merece ser respeitado, incentivado, reconhecido. Da mesma forma que as leis que protegem o conhecimento tradicional associado à biodiversidade precisam ser conhecidas e discutidas pela sociedade. Há uma luta global para utilizar saberes dos povos originários transformando-os em produtos registrados sem que esses povos tenham participação ou autoria. 

 

Dessa forma prestamos nossa homenagem a todas as pessoas que tem conhecimento sobre as nossas plantas e que as utilizam em suas estratégias de cuidado com a própria saúde e de sua família. Essa homenagem, em  memória  da Irene Mesquita, a nossa eterna Lila, que nos deixou há alguns anos, é extensiva a todos os detentores do saber das ervas. Lila nos deixou uma marca de proximidade com a biodiversidade que pretendemos imitar. Confira os saberes e cuidado de Lila no vídeo.

 

(VÍDEO EM BREVE)

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Professor Teófilo Moreira da Costa

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